
O verão começa oficialmente nesta terça-feira (21) e com ele uma maior exposição do corpo ao sol – principal fator de risco para o câncer de pele. O Dezembro Laranja serve para alertar sobre a prevenção da doença, o câncer com maior incidência no Brasil, tanto em mulheres quanto homens, representando cerca de 30% dos tumores diagnosticados. Isso ocorre justamente pela constante incidência de sol no país tropical, e se acentua no Rio Grande do Sul devido à forte presença de população com pele clara e nossa cultura do veraneio. Mas não se engane: todos os tipos de pele podem desenvolver câncer e necessitam de proteção solar.
“O câncer de pele tem uma incidência muito alta no Brasil, mas tem prevenção, com uso diário do filtro solar, no mínimo com fator 30. Infelizmente, ainda perdemos muitos pacientes para uma doença que pode ser evitada ou tratada com sucesso se diagnosticada precocemente”, alerta a oncologista Andressa Azeredo, responsável técnica do Instituto Kaplan em Canoas, que gere o Centro de Oncologia do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG). Passar o produto sempre, antes de sair de casa, é fundamental mesmo em dias nublados ou para quem trabalha em locais com iluminação artificial, pois a maioria das lâmpadas também emite radiação. Além disso, os tumores não-melanoma, os mais comuns, têm altas chances de cura quando tratados a tempo, podendo ser resolvidos com apenas uma pequena cirurgia.
É fundamental estar atento aos sinais de alerta, pois o câncer de pele pode desenvolver metástase para outros órgãos, especialmente fígado, pulmão e cérebro. Procure um médico o quanto antes se identificar: lesões que não cicatrizam, manchas e sinais que surgiram de repente, com bordas irregulares, que mudam de cor ou que começam a crescer ou se modificar. No caso dos melanomas, sinais com mais de 6mm também requerem atenção. Apesar de representar apenas 3% dos cânceres de pele, este é o mais agressivo, com maior chance de metástase e de mais difícil tratamento, podendo envolver imunoterapia ou radioterapia.
“Pegar sol é importante, mas deve se dar em horários seguros e com proteção. A vitamina D, produzida na exposição, pode ser reposta artificialmente, então não convém arriscar se expor em excesso e correr o risco de desenvolver um câncer que pode se agressivo, inclusive em pessoas jovens”, conclui a médica.