Neste Dia Mundial da Saúde Ocular é oportuno lembrar que a saúde dos olhos está intimamente ligada à saúde em geral. Portanto, para ter olhos saudáveis e prevenir doenças oculares ou a cegueira é fundamental manter bons hábitos de vida.

O oftalmologista Eduardo Mick Harter, da Clínica São Pietro/ Hospital Nossa Senhora das Graças afirma que comer bem, fazer exercícios físicos, manter o controle de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão é essencial. Mas o especialista também destaca que fazer consultas regulares para exames de rotina, como pressão intraocular, exame de fundo de olho, exame de grau, entre outros é a melhor forma de detectar e tratar as doenças oculares precocemente.

“De forma geral, em todas as idades, qualquer sintoma novo do sistema visual merece atenção”, ressalta. O especialista afirma que desconfortos oculares, dificuldade para ver os objetos ou letras que antes eram de fácil visibilidade, aparecimento de manchas na visão, alterações nas formas dos objetos, ardência ou coceira ocular, aumento da dificuldade de tolerar a luz, são sinais que merecem atenção e uma avaliação em consulta oftalmológica.

O ideal é que a primeira consulta ao oftalmologista, em crianças sem queixas, ocorra até os dois anos de idade, para avaliar e detectar alterações do sistema visual da criança. “Porém, em crianças muito prematuras, gestações com alterações laboratoriais ou crianças com alteração do teste do olhinho esse exame deve ser feito o mais precoce possível, a fim de diagnosticar e tratar as doenças oculares e preservar a visão da criança”, afirma o médico. Ele acrescenta que crianças com estrabismo que persiste mais de seis meses após o nascimento devem consultar o oftalmologista com brevidade.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 50 milhões de brasileiros sofrem algum tipo de distúrbio da visão. Deste número, 60% dos casos são de cegueira e deficiência visual. Porém, se fossem tratados com antecedência, poderiam ter sido evitados.

PRINCIPAIS DOENÇAS

As principais doenças oculares variam de acordo com a faixa etária e de doenças sistêmicas pré-existentes. Na infância e nos adultos jovens são muito prevalentes as alergias oculares e os distúrbios refracionais, como miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Conforme envelhecemos, aparecem outros distúrbios refrativos, como a presbiopia, por volta dos 40 anos, a popular “vista cansada” ou dificuldade para ver de perto. A partir dessa idade também começam os rastreios para doença de glaucoma, catarata e degeneração retiniana relacionada à idade.

“É importante destacar que muitas doenças sistêmicas e medicações de uso oral têm repercussão no sistema visual e merecem atenção, sendo responsáveis por um grande numero de doenças oculares”, salienta.  Harter cita o diabetes como exemplo. Esta doença pode levar a pessoa a um quadro de retinopatia diabética que, se não tratada pode, evolui para a cegueira. “Medicamentos como o corticosteroides, muito usados em doenças autoimunes, também podem levar a catarata e glaucoma sem um acompanhamento adequado”, completa.

 

DICAS DO ESPECIALISTA

Aplicar colírios sem orientação medica pode causar ate cegueira. Apenas os lubrificantes oculares estão liberados para uso diário.

Evite esfregar os olhos quando sentir coceira.

Sempre remova maquiagem ao final do dia.

Evite uso prolongado de telas de celular, notebooks e tablets.

Use óculos de sol sempre que tiver exposição solar, ele é o filtro solar do nosso sistema visual. Fique atento quanto à qualidade das lentes e à certificação de proteção.

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